terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Existe homem perfeito?


Não há mulher que nunca tenha idealizado o homem perfeito. Porém, a realidade é bem diferente e quando não nos damos conta disso antes de engatarmos um relacionamento, na certa encontraremos pela frente desilusões e muitosofrimento.

Quem faz esta constatação é o Dr. Mário Sabha Jr., PhD em Neuroanatomia Humana e Terapeuta Metafísico. “O relacionamento não faz as pessoassofrerem, mas em decorrência das inúmeras ilusões que as pessoas criam, mesmo que imperceptivelmente, acabam experimentando um relacionamento amargo”, afirma.

Quando a vida a dois está em crise, acontece também a falta de desejo, de beijo e de abraço, levando o casal ao que o especialista chama de neurose a dois. Dr. Sabha explica que essa neurose é uma parte da nossa personalidade que não se desenvolveu. Somos cobrados socialmente a sermos ou parecermos o que não somos. Desta forma, não ressaltamos os nossos potenciais, apagando a naturalidade que nos diferencia das outras pessoas.

“Nos relacionamentos acontece algo parecido. Cada uma das partes espera que o parceiro ofereça a segurança, o apoio, a força e o potencial que ela mesma reprimiu em si no passado”. A partir daí, surgem as cobranças e brigas de disputa pelo poder de dominação para que o outro mude e preencha suas carências. “Neste momento, está instalada a neurose e a imaturidade afetiva na vida do casal”, completa o terapeuta.

Segundo o Dr. Mário, algumas pessoas acham que são mais respeitadas quando dizem que estão casados. E muitas delas confessam que ainda esperam que o parceiro mude, mesmo depois de 20 ou 30 anos de relacionamento. “Este comportamento contribui para a acomodação. Além disso, é uma situação conveniente para quem se torna dependenteemocionalmente e financeiramente do outro”.


Essa situação pode dar origem a muitas doenças físicas, uma vez que elas começam no campo emocional e psicoafetivo. Conheça algumas delas:


- Insegurança e o medo: problemas renais, dores ciáticas e nos ossos;


- Irritação e raiva: problemas no fígado e vesícula biliar;


- Preocupações e ansiedade: problemas no estômago, tecido conjuntivo e baço, diminuindo a ação do sistema imunológico;


- Tristeza e pesares: problemas no trato respiratório, pulmonares e gastrointestinais;


- Mágoas e instabilidades de humor: problemas de pressão arterial e do coração.


Essa sucessão de desilusões terá fim quando a pessoa passar a enxergar a realidade à sua volta. “Desquitem-se dos ‘parceiros ideais’, pois eles só existem no mundo da imaginação, e casem-se com o parceiro ‘real’. Olhe para a pessoa que está de verdade ao seu lado. Ela geralmente tem muito a oferecer. Caso contrário, sempre que você se relacionar com o homem real vai se decepciona, porque ele não chega aos pés do parceiro idealizado”, alerta Dr. Mário



    domingo, 18 de setembro de 2011

    Carta de Abraham Lincoln

    "Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.

    Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.

    Ensine-o a ser gentil com os gentís e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

    Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

    Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso. Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.

    Eu sei que estou pedindo muito, mas veja o que pode fazer, caro professor."

    Abraham Lincoln, 1830

    domingo, 17 de julho de 2011

    Dossiê Napoleão




    Dossiê Napoleão: A segunda morte do Imperador

    Napoleão repousa no Museu dos Inválidos? O escritor Georges Rétif acredita que ele foi envenenado pelos ingleses, que teriam substituído seu corpo no caixão para ocultar o assassinato.

    por Bruno Roy-Henry

    Santa Helena, 15 de outubro de 1840, cerca de 13 horas. Os generais Bertrand e Gourgaud, Emmanuel de Las Cases e os antigos servidores de Napoleão Bonaparte prendem o fôlego: o que irão descobrir no momento da retirada da tampa da urna funerária? Os 19 anos passados não teriam transformado o corpo num esqueleto hediondo? Não! Para surpresa geral, os restos de Napoleão aparecem milagrosamente conservados.

    Em 15 de dezembro de 1840, a França organiza o retorno solene dos restos mortais de seu imperador, na presença do rei Luís Felipe, das autoridades de Estado e daqueles que continuavam fiéis a Napoleão Bonaparte.Cento e vinte e nove anos mais tarde, em 1969, cabe à República, presidida por Georges Pompidou, conferir pompa à comemoração do bicentenário do nascimento de Napoleão. E é este o momento escolhido pelo escritor Georges Rétif de la Bretonne para escandalizar a opinião pública com sua obra Anglais, rendez-nous Napoléon!, na qual afirma que restos de imperador não repousam no Museu dos Inválidos. A afirmativa é imediatamente refutada pelo coronel MacCarthy, na época curador do Museu dos Inválidos.A tese de Georges Rétif assim pode ser resumida: os companheiros de Napoleão, não desejando que sua fealdade física fosse legada à posteridade, decidem, depois de informar o governo britânico, substituir a máscara mortuária do herói pela de Cipriani Franseschi, mordomo da casa de Longwood, em Santa Helena, morto em fevereiro de 1818.

    A partir desta idéia, o governo inglês acredita que pode levar a fraude adiante substituindo, sem riscos, os restos de Cipriani pelo corpo do imperador. Assim, os despojos de Napoleão foram transferidos para a Inglaterra - onde ainda estariam. Os companheiros de Bonaparte presentes, cúmplices agora, não podem protestar no momento da abertura do caixão, em 15 de outubro de 1840.

    Um dos argumentos mais perturbadores apresentados por Georges Rétif recai sobre o estado de conservação do corpo, na exumação realizada em 1840. Segundo testemunhas, o imperador estava perfeitamente reconhecível, como se tivesse sido mumificado. Ora, seu cadáver fora hermeticamente fechado em um caixão de folha-de-flandres, em 7 de maio de 1821, mais de 49 horas após o óbito. O coração e o estômago foram extraídos no momento da autópsia realizada pelo doutor Antommarchi.Segundo as testemunhas do sepultamento - Marchand, criado de Napoleão, o general Bertrand, o conde de Montholon e alguns oficiais ingleses -, o corpo do imperador exalava um odor horrível, e seu rosto já estava desfigurado, sinais clássicos de putrefação. O processo de degradação dos tecidos poderia ter sido interrompido a ponto de, aproximadamente 20 anos mais tarde, nos encontrarmos diante de um corpo quase intacto? A ciência médico-legal poderia explicar a interrupção, quase instantânea, da decomposição de um cadáver? Dentre os pareceres que chegaram a mim, em primeiro lugar é necessário lembrar a avaliação do doutor Vignolles, já falecido, que me escrevia em 1989: Efetivamente, a aparente conservação do corpo de Napoleão traz alguns problemas médico-legais [...]. Entretanto, [...] considero quase impossível que os restos mortais do imperador pudessem estar suficientemente conservados a ponto de serem reconhecidos 20 anos depois. Mais tarde, Vignolles acrescentaria: Contudo, me parece que, frente à precisão dos depoimentos, aqueles que assistiram à exumação de Napoleão estavam na presença de um cadáver previamente ?tratado? (para não dizer mumificado).

    Seria ótimo se a medicina legal nos desse uma solução incontestável. Todavia, alguns contestam o estado de putrefação inicial. O doutor Chatenet, médico legista e perito do tribunal de apelação de Poitiers, conclui pela adipocera precoce. Trata-se de um processo de saponificação, pelo qual as gorduras transformam os tecidos em uma espécie de sabão. Muitos indícios levam a esta hipótese, como observa o doutor Chatenet, mas a descrição surpreende pela ausência total de modificação, 19 anos depois. A pele, no caso de adipocera, é marrom, freqüentemente grossa e ?cartonada?. Nada disso ocorre com o corpo exumado de Santa Helena.

    Putrefato em 1821, reaparece o corpo em bom estado em 1840Poderia tratar-se de mumificação? É uma possibilidade. Sob esse prisma, o doutor Chatenet examina a hipótese de o corpo de Napoleão ter sido objeto de embalsamamento sem o conhecimento das autoridades britânicas. Conseqüentemente, é necessário convir que a adipocera é o fenômeno bioquímico que melhor explica a conservação do corpo do imperador.Resta uma hipótese, considerada pelo doutor Chatenet: o corpo de Napoleão, previamente impregnado de substâncias que contêm arsênico, não sofreu nenhuma putrefação. Hipótese que põe em evidência o dossiê sobre o envenenamento de Napoleão Bonaparte. Ele foi envenenado com arsênico, fato que explica a surpreendente conservação de seu cadáver. Tese reforçada por Ben Weider, responsável pela análise realizada nos laboratórios do FBI ? a polícia federal americana - dos cabelos de Napoleão, retirados em Santa Helena antes e depois de sua morte. Não se pretende reabrir esse dossiê. Notemos que o suposto envenenamento forneceu motivo para as autoridades inglesas substituírem o cadáver.Entretanto, algumas explicações do coronel MacCarthy são aceitáveis. Às vezes, Rétif de la Bretonne força um pouco a dose. É o que acontece com a famosa distorção observada entre a descrição do sepultamento, que menciona apenas três tampas, e a presença devidamente comprovada de quatro tampas no momento da exumação. Nesse ponto, o militar parece ganhar do escritor. Em contrapartida, a descrição feita por Marchand e Antommarchi da forma como estava vestido o corpo de Napoleão é objeto de controvérsias.

    Sabemos que o imperador foi sepultado com a farda habitual de coronel dos Caçadores da Guarda, com o grande colar da Legião de Honra, a cruz de oficial em ouro, a coroa de louros e a cruz da Ordem da Reunião. Os detalhes da vestimenta parecerão fastidiosos ao leitor, mas são essenciais para a compreensão da seqüência.

    Resta-nos reconstruir o quadro feito por Rétif - e contestado por Mac Carthy - que ressalta as diferenças entre o sepultamento de 1821 e a exumação de 1840. É preciso reconhecer que ninguém - nem mesmo Marchand - mencionou precisamente se o colar da Legião de Honra tinha sido colocado sobre a roupa, como o imperador o utilizava nas cerimônias, e não sob a roupa, como fazia habitualmente. Portanto, nada podemos afirmar sobre o grande colar. Nesta questão, é impossível dar razão a um ou a outro. Já o argumento sobre a ausência da Ordem da Reunião é surpreendente.Os depoimentos são formais: o sepultado de 1821 traz a condecoração; o exumado de 1840, não! Os céticos dirão que o ornamento poderia ter se desprendido, o que é possível, embora improvável. Atenção! Eis o melhor para o final: em 1821, Napoleão é sepultado com pequenas esporas de prata - fato indubitável.Nenhuma das testemunhas de 1840 menciona as esporas: nem o doutor Guillard, nem os filhos de Las Cases, nem o general Gourgaud ou mesmo Bertrand. É possível que não as tenham notado? Poderemos sempre objetar que as testemunhas não tiveram tempo de mencioná-las, ou que as esporas não foram vistas por estarem escurecidas ou desamarradas (de novo!), a menos que não sejam as duas coisas ao mesmo tempo. Se procedente, esta tese inquietava os admiradores de Napoleão. O testemunho de Emmanuel de Las Cases não permite que prevaleça.Eis o testemunho do camareiro do imperador no diário escrito a bordo do Belle-Poule: Entre as botas, cujo couro em torno dos pés não se reconhecia mais, mas que se mantinha preto no resto das pernas, estavam os dois vasos de prata.

    Os vasos continham o coração e o estômago de Napoleão, que Antommarchi afirma ter colocado nos cantos inferiores do caixão. Mas isso não é o mais importante. Incontestável é a seguinte passagem: o couro em torno dos pés estava irreconhecível. A precisa observação de Las Cases não menciona, de forma alguma, as esporas de prata, que também não são mencionadas em outros depoimentos, sobretudo no testemunho do doutor Guillard, que esteve mais próximo do corpo. As demais testemunhas não estiveram próximas do corpo, bem entendido.

    Mas, diremos, as esporas se soltaram e, por estarem escurecidas, não foram vistas! É uma hipótese singular, mas pouco plausível, considerando-se o tipo de fecho dessas esporas. Um fecho com uma lingüeta de couro pode apodrecer, mas deve-se considerar que a maioria das esporas possui um mecanismo que garante a integridade do conjunto: um semifecho que, ao contornar o tornozelo, junta-se a outro, que passa sob a sola.De todos os argumentos apresentados para explicar as diferenças entre os depoimentos do sepultamento e os da exumação, este é o menos crível. O próprio coronel Mac Carthy não achou que deveria se explicar a esse respeito. Curioso para um velho cavaleiro... Firmemente ligadas ao redor de cada bota, mesmo admitindo-se que a lingüeta de couro tenha se rompido, as esporas não se desprenderiam dos tornozelos do imperador.Las Cases ressalta, também, que os pés das botas estavam apoiados sobre os saltos! Nada de esporas nos saltos... Onde foram parar? Aqui está o elemento incontestável que fornece a chave para todo o resto. É preciso, pois, recuperar todas as observações precedentes que nos permitem pensar na substituição do corpo de Napoleão. Recapitulando: a cruz da Ordem da Reunião não se desprendeu; o colar da Legião de Honra foi colocado no pescoço, como era usual em ocasiões de gala; os vasos de prata estavam nos cantos do caixão, e não entre os pés do imperador.No mínimo, os fatos acima provam que o caixão do imperador foi reaberto entre 1821 e 1840. Para reforçar esta tese, há outro argumento: o fato de o caixão de folha-de-flandres embora fechado em outro, de chumbo, e igualmente selado ? apresentar traços de oxidação, a ponto de impedir que pudéssemos soldar sua tampa novamente. Na falta de uma conclusão definitiva, a questão da identidade do exumado de 1840 e a de Napoleão está relançada!

    Bruno Roy-Henry é jurista. Ele é co-autor de uma obra sobre os empréstimos russos e autor de L`expédition d`Irlande, sobre o desembarque do general Humbert em solo irlandês, em 1798.

    segunda-feira, 16 de maio de 2011

    Viver um dia por vez...





    Na escola da vida, a lição que precisaríamos aprender,
    para uso consciente e determinado,
    seria conseguirmos viver um dia de cada vez.
    Sem atropelos, nem fadigas.
    Sem ansiedades, e sem angústias.
    Ontem já foi ontem.
    Já é passado.
    Não tornará mais, nunca mais.
    Hoje é hoje, é presente.
    É o agora.
    É o ludíbrio do instante que passa.
    Amanhã é futuro.
    Trará consigo seus próprios cuidados e temores.
    A cada dia é suficiente seu próprio cuidado.
    Viva o seu hoje, hoje.
    Viva-o com intensidade.
    Mas não queira viver o seu amanhã, hoje, e nem o seu ontem, agora.
    Viva um dia de cada vez.
    E já é muito, e já é suficiente.
    Nossas preocupações neurotizantes com o nosso amanhã

    não aumentarão e nem diminuirão o volume e o tamanho dos problemas que nos esperam.
    O ontem é experiência, é lição sofrida e aprendida.
    É degrau na escada ascendente de nossa experiência pessoal.
    É contribuição à nossa maturidade.
    Ontem, hoje, e amanhã.
    Dias, momentos e tempos bem diferentes, entre si.
    E tudo de enorme valia.

    Você é quem decide



    Você é quem decide o que vai ser
    eterno em você, no seu coração.
    Deus nos dá o dom de eternizar em nós
    o que vale a pena, e esquecer
    definitivamente aquilo que não vale...

    Acho que a felicidade é
    Uma espécie de susto
    Quando você vê já aconteceu .
    Ela é justamente uma
    Construção pequena de
    Todos os dias

    As Três Peneiras de Sócrates




    Quem conhece os outros é inteligente.
    Quem conhece a si mesmo é iluminado.
    Quem vence os outros é forte.
    Quem vence a si mesmo é invencível!!

    As Três Peneiras de Sócrates


    Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
    - Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu !
    - Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
    - Três peneiras ? Que queres dizer ?
    - Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade ?
    - Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
    - A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não ?
    Envergonhado, o homem respondeu:
    - Devo confessar que não.
    - A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo ?
    - Útil ? Na verdade, não.
    - Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti.

    sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

    Um sorriso



    O sorriso é o elo entre a alma e o mundo, e tem a força de despertar no coração uma amizade profunda e duradoura, o começo de um romance, a aliança de um amor, ou o perdão incondicional. Ele trás a alegria, a esperança e a doçura dos sentimentos, expressando a força que o coração contém.

    Por isso, extravasse tudo que leva em seu íntimo e lave a alma, jogando no ar um pouco da bondade, e do carinho existente em você. Um sorriso franco é como a brisa num dia de verão, trazendo ao coração o frescor suave do viver, fazendo renascer a esperança.

    É delicioso ver alguém expressar nele um gesto de amor, solidariedade e amizade! Ele é como lenha para o fogo num coração desejoso de ser aquecido... é o amanhecer que chega de mansinho, dissipando o breu da noite... e trás em suas asas os raios do sol, inundando de luz e contaminando todos ao seu redor!

    Plante um sorriso e veja o desabrochar de uma flor num jardim especial... deixe sua marca registrada - sorria!

    quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

    Borboletas


    Com o tempo você vai percebendo
    que para ser feliz com outra pessoa,
    você precisa em primeiro lugar
    não precisar dela.
    Percebe também que aquela pessoa
    que você amou ou acha que ama, e que
    não quer nada com você, definitivamente,
    não é a pessoa da sua vida.
    Você aprende a gostar de você, a cuidar
    de você, e principalmente, a gostar de
    quem também gosta de você.
    O segredo é não correr atrás das borboletas...
    é cuidar do jardim para que elas venham até você.
    No final das contas, você vai achar, não quem
    você estava procurando, mas quem estava procurando por você...!

    domingo, 30 de janeiro de 2011

    Felipe Neto, Políticos

    sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

    Malefícios do Crack



    Pacientes Especias na odontologiaO crack deriva da planta de coca. Para produzir o crack, a pasta de cocaína é diluída em solventes. O ácido sulfúrico está entre eles. Outra substância com capacidade parecida de destruição é o ácido clorídrico que, quando inalado, pode causar ferimentos graves na garganta e na boca. Também são usados bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, entre outras substâncias. O produto transforma-se em grãos fumados em cachimbos. O usuário aspira o vapor para dentro de seus pulmões, entrando na corrente sanguínea. Como o crack é inalado na forma de fumaça, ele chega ao cérebro muito mais rápido que a cocaína em pó.Ao mesmo tempo em que cria uma sensação de alegria no usuário, o crack também deixa muitos efeitos significativos e potencialmente perigosos no corpo. .A ação do crack é sobre o sistema nervoso central, provocando aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremores, excitação, maior aptidão física e mental. Os usuários apresentam problemas no sistema respiratório como congestão nasal, tosse, expectoração de muco preto e sérios danos nos pulmões. A droga também pode afetar o trato digestivo, causando náusea, dor abdominal, perda de apetite com consequente perda de peso e desnutrição. Se inalado junto com o álcool, o crack aumenta o ritmo cardíaco e a pressão arterial o que pode levar a resultados letais. Os efeitos psicológicos imediatos do Crack são: euforia, sensação de poder e aumento da autoestima. Com o uso constante da droga, aparecem um cansaço intenso, uma forte depressão e desinteresse sexual. Com o tempo, o usuário fica inquieto e irritado. Em grandes quantidades, o crack pode deixar a pessoa extremamente agressiva, paranoica e fora da realidade. O cuidado pessoal passa a não existir mais e a autoestima fica baixa. A droga destrói os neurônios e promove a degeneração dos músculos do corpo (rabdomiólise), causando a aparência esquelética no indivíduo: ossos da face salientes, pernas e braços finos e costelas aparecendo.
    As pessoas que o utilizam o crack, mesmo poucas vezes, correm riscos de sofrer infarto, derrame, problemas respiratórios e problemas mentais sérios. A gravidade do crack é maior porque sua dependência se instala em pouco tempo no organismo. Na boca, podem ser observadas queimaduras nos lábios, língua e garganta por causa da forma de consumo da substância. No caso de compartilhar o cachimbo, essas lesões podem aumentar o risco de contaminação pelo vírus HIV (AIDS), das hepatites B e C, herpes entre outras infecciosas.Ao entrar em contato direto com a boca, a fumaça danifica o esmalte, a gengiva e os nervos dos dentes, pois existe a redução da capacidade tampão da saliva (manter estável pH da boca), a diminuição da quantidade de cálcio e fosfatos facilitando a erosão dentária. Isso é causado pelo ácido sulfúrico, que faz parte da composição química do crack, e promove uma maior desmineralização no esmalte dentário. Parece haver redução no fluxo salivar de usuários, o que favorece a maior prevalência de cáries. São referidas, na bibliografia e observações clínicas, muitas perdas dentárias em usuários de crack. É observada também maior prevalência de câncer de garganta.
    A inflamação nos tecidos que suportam os dentes (doença periodontal), inflamação na gengiva (gengivite), mau hálito (halitose), inflamação nos cantos da boca (queilite angular) e lesão causada por fungos, conhecida como sapinho (candidíase), são os principais achados em pacientes que fazem uso de drogas. A perda da autoestima e mudanças no padrão de comportamento influem no descuido quanto à higiene geral e bucal . É dever dos profissionais da área de saúde identificar e saber tratar um paciente usuário de drogas ilícitas, minimizando seus efeitos e acompanhando para o tratamento no vício. A odontologia tem possibilitado a atuação de um maior número de profissionais no tratamento especializado ao paciente que faz uso de drogas que, por suas características, constitui uma nova categoria de paciente especial.
    Os principais efeitos da cocaína, do crack e do álcool na boca e nos dentes são:
    Diminuição de saliva (xerostomia)
    Problemas periodontais
    Cáries
    Perda de dentes Fernanda FrancoEspecialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais

    1808



    A fuga da família real portuguesa para o Rio de Janeiro ocorreu em um dos momentos mais apaixonantes e revolucionários do Brasil, de Portugal e do mundo. O propósito deste livro, resultado de dez anos de investigação jornalística, é resgatar e contar de forma acessível a história da corte lusitana no Brasil e tentar devolver seus protagonistas à dimensão mais correta possível dos papéis que desempenharam duzentos anos atrás. '1808 - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil' é o relato sobre um dos principais momentos históricos brasileiros.

    O Mundo de Sofia




    O Mundo de Sofia (Sofies verden em norueguês) é um romance escrito por Jostein Gaarder, publicado em 1991. O livro foi escrito originalmente em norueguês, mas já foi traduzido para mais de 50 línguas, teve sua primeira edição em português em 1995, que atualmente se encontra em sua 70ª reimpressão. Somente na Alemanha foram vendidos 3 milhões de cópias.
    O livro funciona tanto como romance, como um guia básico de filosofia. Também tem temas conservacionistas e a favor da ONU. Em 1999, foi adaptada para um filme norueguês; entretanto, não foi largamente publicado fora da Noruega. Esse filme também foi apresentado como uma minissérie na Austrália, se não em outros lugares. Também foi adaptado para jogo de PC pela Learn Technologies em 1998.Recentemente, em 2008 essa versão cinematográfica do livro foi lançado no Brasil oficialmente em DVD.

    Sinopse
    Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que vivemos. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia igualmente desconhece.
    O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste fascinante romance, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países em que foi lançado. De capítulo em capítulo, de "lição" em "lição", o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental - dos pré-socráticos aos pós-modernos -, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo surpreendente.

    Stalin



    A longa trajetória de Stalin, desde o princípio da Revolução Russa (1917)até sua morte em 1953, explicitando os bastidores do terror político soviético naquele período,e mostrando a personalidade dura e controvertida de Stalin. Ótima reconstituição histórica, com cenas filmadas no próprio Kremlin, o filme é uma aula de história em todos os sentidos, enriquecido com interpretações magistrais de Robert Duvall no papel de Stalin , e um grande elenco de astros internacionais, entre eles Maximilian Schell no papel de Lenin. Narrado pela própria filha de Stalin, Svetlana Alliluyeva, que escreveu um livro chamado chamado Vinte Cartas a um Amigo, trazendo a público os bastidores do poder que vivenciou junto ao seu pai.

    quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

    Felicidade



    A Felicidade não vem embrulhada
    Num belo papel de presente
    Com seu nome, endereço e telefone...
    A Felicidade só existe se você a conquistar,
    Se lutar por ela, terá a vitória de conquista.



    "Não há Vitória se não há luta!!!"
    E não há derrota enquanto há vida!
    A vida é formada por "Momentos", felizes e tristes;
    Mas os tristes só atuam se você permitir...

    Estrela



    "Você traz consigo estrelas que a vida concede.
    Estrelas de brilhar, estrelas de crescer, estrelas de encontrar
    o caminho do sonho que se persegue.
    Saber reconhecer as estrelas é o nosso destino.

    Porque há quem se encante com o brilho de estrelas
    que não são suas e se perde.
    Há quem deseje o brilho de outra mais distante e por isso
    passe quase todo o tempo como passageiro, a espera de
    um trem para lugar nenhum.

    Aceitar as estrelas que trazemos é o que faz a diferença
    entre o que queremos ser e o que verdadeiramente somos.

    Brilhar é acreditar na força que elas têm.

    E aí então, deixar que suas luzes se derramem alma a dentro.
    Que carregar as estrelas seja como conduzir um candeeiro para
    que, onde quer que se vá, possam todos perceber sua claridade."

    Cuide bem de sua estrela...ela é muito especial!

    Colaboração: Suzi Peixoto

    Os Invasores

    Navegar é preciso

    Julgamentos de Nuremberg



    O termo Julgamentos de Nuremberg (oficialmente Tribunal Militar Internacional vs. Hermann Göring et al.) aponta inicialmente para a abertura dos primeiros processos contra os 24 principais criminosos de guerra da Segunda Guerra Mundial, dirigentes do nazismo, ante o Tribunal Militar Internacional (TMI) ("International Military Tribunal" IMT) em 20 de novembro de 1945, na cidade alemã de Nuremberg.
    Após estes julgamentos, foram realizados os Processos de Guerra de Nuremberg, que também levam em conta os demais processos contra médicos, juristas, pessoas importantes do Governo entre outros, que aconteceram perante o Tribunal Militar Americano e onde foram analisadas 117 acusações contra os criminoAcusados e suas penas
    O tribunal de Nuremberg decretou 12 condenações à morte, 3 prisões perpétuas, 2 condenações de 20 anos de prisão, uma de 15 e outra de 10 anos. Hans Fritzsche, Franz von Papen e Hjalmar Schacht foram absolvidos.
    Nome
    Cargo
    Condenação
    Martin Bormann
    Vice-líder do Partido Nazista e secretário particular do Führer
    Morte por enforcamento (In absentia)
    Karl Dönitz
    Presidente da Alemanha e comandante da Kriegsmarine
    10 anos
    Hans Frank
    Governador-geral da Polônia
    Morte por enforcamento
    Wilhelm Frick
    Ministro do Interior, autorizou as Leis de Nuremberg
    Morte por enforcamento
    Hans Fritzsche
    Ajudante de Joseph Goebbels no Ministério da Propaganda
    Absolvido
    Walther Funk
    Ministro de Economia
    Prisão perpétua
    Hermann Göring
    Comandante da Luftwaffe, Presidente do Reichstag e Ministro da Prússia.
    Morte por enforcamento (suicidou-se antes de ser enforcado)
    Rudolf Hess
    Vice-líder do Partido Nazista
    Prisão perpétua
    Alfred Jodl
    Chefe do OKW
    Morte por enforcamento
    Ernst Kaltenbrunner
    Chefe do RSHA e membro de maior escalão da Schutzstaffel vivo.
    Morte por enforcamento
    Wilhelm Keitel
    Comandante-em-Chefe da Wehrmacht
    Morte por enforcamento
    Gustav Krupp
    Industrial que usufruiu de trabalho escravo
    Acusações canceladas por saúde debilitada
    Robert Ley
    Chefe do Corpo Alemão de Trabalho
    Suicidou-se na prisão
    Konstantin von Neurath
    Ministro das Relações Exteriores, Protetor da Boêmia e Morávia
    15 anos
    Franz von Papen
    Ministro e vice-chanceler
    Absolvido
    Erich Raeder
    Comandante-chefe da Kriegsmarine
    Prisão perpétua
    Joachim von Ribbentrop
    Ministro das Relações Exteriores
    Morte por enforcamento
    Alfred Rosenberg
    Ideólogo do racismo e Ministro do Reich para os Territórios Ocupados do Leste
    Morte por enforcamento
    Fritz Sauckel
    Diretor do programa de trabalho escravo
    Morte por enforcamento
    Hjalmar Schacht
    Presidente do Reichsbank
    Absolvido
    Baldur von Schirach
    Líder da Juventude Hitlerista
    20 anos
    Arthur Seyss-Inquart
    Líder da anexação da Áustria e Gauleiter dos Países Baixos
    Morte por enforcamento
    Albert Speer
    Líder nazista e Ministro de Armamentos
    20 anos
    Julius Streicher
    Chefe do periódico anti-semita Der Stürmer
    Morte por enforcamentosos.

    quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

    Memórias póstumas de Brás Cubas



    O trama do filme começa com o enterro de Brás Cubas, um malandro e bon-vivant do Rio do século 19. Seu "fantasma", então, resolve fazer uma retrospectiva dos episódios que marcaram sua vida: o nascimento, a infância, os romances, as desilusões, a morte. Apesar de seguir ordem cronológica, desde o nascimento até sua morte, Brás inicia seu relato com seus últimos momentos, para só depois contar sua biografia.. Percebe-se que pequenas adaptações foram feitas do livro para o filme, sem, porém, qualquer perda para o ritmo da história. Exemplo disso é o uso do termo espectador em vez de leitor, já que Brás Cuba faz seu relato de forma pessoal, como se conversasse com o leitor/espectador. Após sua morte, Brás Cubas (Reginaldo Faria / Petrônio Gontijo), disposto a se distrair um pouco na eternidade, decide narrar suas memórias e revisitar os fatos mais marcantes de sua vida. E adverte: A franqueza é a primeira virtude de um defunto. É com desconcertante sinceridade que ele relembra sua infância, juventude, incidentes familiares e personagens marcantes, como o amigo Quincas Borba (Marcos Caruso), que passa de mendigo a milionário. Fala ainda sobre sua formação acadêmica em Portugal e o discutível privilégio de nunca ter precisado trabalhar. Com a mesma franqueza, Brás Cubas convida o espectador a testemunhar sua tumultuada vida amorosa. Lembra o primeiro amor, a cortesã espanhola Marcela (Sonia Braga) que amou-o por 15 meses e 11 contos de réis. O segundo, a jovem Eugênia (Milena Toscano), que apesar de ser bonita, mancava. E sua grande paixão, Virgília (Viétia Rocha), que acaba trocando-o pelo político Lobo Neves (Otávio Müller). Abordando o cotidiano ou acontecimentos nacionais, na vida ou na morte, Brás Cubas alterna ironia e amargura, melancolia e bom-humor sem perder a leveza. Em qualquer estado de espírito, ele nos surpreende pela irreverência e devastadora lucidez. A condição de autor/defunto permite que Brás aborde assuntos e pensamentos de tamanho valor filosófico, que só mesmo uma pessoa na fronteira entre a vida e a morte seria capaz de imaginar. O filme não só retrata à sociedade do seu tempo, mas também mexe com espectador levando a profundas reflexões sobre atos praticados quase naturalmente no dia-a-dia. E além de retratar e divertir o filme faz com que os espectadores pensem e reflitam e assim consigam, de alguma maneira, crescerem como pessoas, como seres humanos. Não tendo uma vida como Brás Cubas com o falso brilho que a riqueza pode dar, mas inútil do ponto de vista humano.

    Estratégias para cultivarmos boas amizades



    -Ser aberto e acolhedor com as pessoas.
    -Cultivar a sinceridade e o respeito para com os outros.
    -Libertar a mente e o coração de todo e qualquer preconceito ou julgamento;
    -Olhar sempre nos olhos das pessoas e enxergar com o coração;
    -Ser um grande articulador e promotor de encontro entre pessoas;
    -Fidelizar os amigos, fazendo-se presente na vida deles;
    -Expressar sentimentos e ter atitudes de agradecimento e generosidade;
    -Compreender e perdoar as fraquezas e os erros dos outros e aprender também a -pedir perdão;
    -Ser perseverante e paciente para nunca desistir de ser amigo;
    -Fazer pelos amigos tudo que quisermos que eles nos façam;
    Na verdade não há fórmulas para a experiência da amizade. O caminho, ou melhor, o primeiro passo simplesmente se chama “companhia”.

    Frases de motivação





    “Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo.” (Mark Twain)


    “Motivação não é sinônimo de transformação, mas um passo em sua direção.” (Lourenço Neto)


    “O homem prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo quanto diz.” (Aristóteles)


    “Na vida, não existem soluções. Existem forças em marcha: é preciso criá-las e, então, a elas seguem-se as soluções.” (Antoine de Saint-Exupéry)


    “Se compreendêssemos, nunca mais poderíamos julgar.” (André Malraux)


    “Pode ferir-se o amor-próprio; matá-lo, nunca.” (Montherlant , Henri)


    “Na juventude, aprendemos; na maturidade, compreendemos.” (Eschenbach , Marie)


    “A ambição embriaga mais do que a glória.” (Marcel Proust)


    Que o teu coração sinta a PRESENÇA secreta do inexplicável!Que o teu viver seja pleno de PAZ e LUZ.

    domingo, 23 de janeiro de 2011

    Charlie Chaplin



    Sir Charles Spencer Chaplin Jr., KBE (Londres, 16 de Abril de 1889Corsier-sur-Vevey[1] , 25 de Dezembro de 1977), mais conhecido como Charlie Chaplin, foi um ator, diretor, produtor, dançarino, roteirista e músico britânico. Chaplin foi um dos atores mais famosos do período conhecido como Era de Ouro do cinema dos Estados Unidos.
    Além de atuar, Chaplin dirigiu, escreveu, produziu e eventualmente compôs a trilha sonora de seus próprios filmes, tornando-se uma das personalidades mais criativas e influentes da era do cinema mudo. Chaplin foi fortemente influenciado por um antecessor, o comediante francês Max Linder, a quem ele dedicou um de seus filmes. Sua carreira no ramo do entretenimento durou mais de 75 anos, desde suas primeiras atuações quando ainda era criança nos teatros do Reino Unido durante a Era Vitoriana quase até sua morte aos 88 anos de idade. Sua vida pública e privada abrangia adulação e controvérsia. Juntamente com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith, Chaplin co-fundou a United Artists em 1919.
    Em 2008, em uma resenha do livro Chaplin: A Life, Martin Sieff escreve: "Chaplin não foi apenas 'grande', ele foi gigantesco. Em 1915, ele estourou um mundo dilacerado pela guerra trazendo o dom da comédia, risos e alívio enquanto ele próprio estava se dividindo ao meio pela Primeira Guerra Mundial. Durante os próximos 25 anos, através da Grande Depressão e da ascensão de Hitler, ele permaneceu no emprego. Ele foi maior do que qualquer um. É duvidoso que algum outro indivíduo tenha dado mais entretenimento, prazer e alívio para tantos seres humanos quando eles mais precisavam."[3]
    Por sua inigualável contribuição ao desenvolvimento da sétima arte, Chaplin é o mais homenageado cineasta de todos os tempos, sendo ainda em vida condecorado pelos governos britânico (Cavaleiro do Império Britânico) e francês (Légion d 'Honneur), pela Universidade de Oxford (Doutor Honoris Causa) e pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos (Oscar especial pelo conjunto da obra, em 1972).
    Seu principal e mais conhecido personagem é conhecido como Charlot, na França e no mundo francófono, na Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Romênia e Turquia, e como Carlitos ou também "O Vagabundo" (The Tramp) no Brasil, um andarilho pobretão que possui todas as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro (gentleman), usando um fraque preto esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu-coco ou cartola, uma bengala de bambu e - sua marca pessoal - um pequeno bigode-de-broxa.
    Chaplin foi uma das personalidades mais criativas que atravessou a era do cinema mudo; atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou seus próprios filmes. Foi também um talentoso jogador de xadrez e chegou a enfrentar o campeão estadunidense Samuel Reshevsky.

    Grande Império Americano



    O nascimento dos Estados Unidos se fundamentou em 1630, na chegada de Britânicos chamados de Puritanos, faziam parte de uma crença religiosa, que havia deixado a Inglaterra para formar uma comunidade que diferia do anglicanismo inglês. Cabe salientar que os espanhóis foram os primeiros a chegarem lá no século XVI, embora estivessem preocupados em explorar as ilhas do caribe, e os nativos indígenas eram cerca de 25 milhões que viveram espalhados em todo território, mas tiveram que se submeter aos primeiros colonizadores, bem como aos franceses.
    Após 140 anos, a elite americana já havia criado uma progressiva consciência , ou espírito nacionalista, e esse processo iniciou-se efetivamente com o fim da Guerra dos Sete Anos entre Inglaterra e França, a Inglaterra saindo-se vitoriosa acabou conquistando grande parte dos domínios coloniais franceses, e ao mesmo tempo impôs conseqüentemente uma maior rigidez na aplicação sobre treze colônias de domínio, isso provocou reações nos setores da elite local. A rivalidade estava enraizada no espírito pioneiro que marcou a gênese da colonização americana, perseguições religiosas, dificuldades econômicas enfim a formulação de uma nova sociedade independente e autônoma. As colônias do centro- norte adotou-se a pratica da produção agrícola , pequena e media propriedade, a colonização foi de povoamento e sua produção voltada para consumo interno já nas colônias do sul encontramos uma produção agrícola voltado para o comércio exterior, propriedade rural latifundiário, sua mão-de-obra era escrava africana. Para protestar contra as leis intoleráveis foi realizada na Filadélfia um congresso com os principais representantes das coloniais americanas onde foi elaborado um documento de protesto para as autoridades inglesas e com isso o processo de independência americana já se desenvolvia de forma inevitável baseados nas idéias iluministas de Liberdade, Justiça e Combate a Opressão política.. O marco inicial da guerra pela independência americana foi a batalha de Lexington, quando o destacamento inglês, sob ordens do General Cage, tentou destruir um deposito de armas, controlado pelos rebeldes, houve severa resistência por parte das tropas coloniais e a partir desse momento a guerra desenvolveu-se durante sete anos de sangrentos combates.
    Em 1873, quando os Estados Unidos foram reconhecidos como país independente por seu antigo colonizador, a Grã-Bretanha, seu território ia do litoral do atlântico aos montes apalaches. Na primeira metade do século XIX os americanos trataram de ampliar as fronteiras com guerras expancionistas contra indígenas e mexicanos. A Florida ocidental foi invadida em 1812 e anexada em 1819, em um conflito que envolveu Espanha e Inglaterra, no México, os EUA tomou o que hoje localiza-se a Califórnia, Novo México, Arizona, Nevada, Utah Colorado, Arizona e porções do Colorado, Kansas e Arizona e de Oklahoma. Em 1867compraram o Alaska da Rússia e no final do Século XIX, subjugaram os nativos e ocuparam diversas ilhas do pacifico. Em 1898, a vitória na guerra Hispano-Americana resultou na cessão do Porto Rico, Guam e Filipinas. Na chegada do séc XX, os EUA apresentavam grande expansão industrial, agrícola e financeira. Em 1917, o presidente democrata Woodrow Wilson enviou tropas americanas para I guerra Mundial. Enquanto lutava em outro continente, a nação americana produzia em seu território armamento e equipamento bélico em larga escala para vender a diferentes exércitos envolvidos no conflito . Com tantas transações econômicas , os EUA saíam da guerra consolidados como país credor e com fama de ter garantido a vitória para tríplice entente.
    A prosperidade reinou até a quebra da Bolsa de Nova York , em 1929. Havia uma superprodução industrial no país embora as exportações e o consumo tivessem diminuído por causa da concentração de dinheiro nas mãos de poucos. Os EUA e a Europa caíram na chamada grande depressão , com altos índices de desemprego e falências . Foi nesse cenário que Franklin Roosevelt se elegeu, em 1932. O presidente democrata aplicou a política New Deal, que preconizava maior intervenção do estado na economia. Elevou salários, reduziu a jornadas de trabalho, criou o seguro desemprego e facilitou o acesso de agricultores a empréstimos bancários. Em 1941, com o ataque japonês à base naval americana de Pearl Harbor, os Estados Unidos, que até então só forneciam armamento para os países envolvidos na II Guerra Mundial, aderiram ao conflito. Sem batalhas travadas no próprio território, o país assistia à destruição dos rivais industriais, sobretudo na Alemanha e no Japão. Quando a paz foi assinada em 1945, os EUA haviam triplicado sua produção industrial e eram a mais poderosa potência econômica e militar, controlando 50% das riquezas mundiais.
    Com vitória dos aliados na II Guerra, houve a divisão do mundo entre blocos comunista e capitalista, liderados por união Soviética e Estados Unidos sob influencia dos americanos, ficaram Europa Ocidental, Ásia e Reino Unido, Oriente Médio e América Latina. Nos anos que se seguiram ao conflito os Estados Unidos consolidaram seu domínio sobre o mundo capitalista – que se mantém até hoje. Segundo o historiador e economista britânico Niall Fertguson -autor de Colussos, uma analise do poder do império americano – os EUA são um colosso militar e tecnológico que ainda em 2004 a mesma poderosa dominação que mostrou quando decidiu os rumos da II Guerra.
    Desde a posse de George Washigton em 1789, os EUA tiveram 43 presidentes. Muitos são lembrados por suas ideias e realizações. Abraham Lincoln, por exemplo, que governou entre 1861 e 1865, entrou para historia não apenas pelo seu trágico assassinato, mas por ter sido o primeiro presidente do partido Republicano. Franflin D. Roosevelt teve o mandato mais longo de 1933 a 1945, seu governo foi marcado pela implantação da política do New Deal, que mudou a face da economia americana, seu sucessor Harry Truman (1945-1953). Seu governo foi marcado pelo ataque atômico às cidades japonesas na II Guerra, porem o mais famoso presidente foi John Kenndy, o carismático líder democrata foi assassinado durante a campanha para reeleição, foi responsável por medidas contra o racismo, e enviou tropas americanas no conflito do Vietnã.
    O governo de Ronald Reegan (1981-1988)estabeleceu as bases para a atuação política americana no final do século XX. O mais velho presidente dos Estados Unidos, reduziu a inflação de 13%, ao ano, herança do antecessor,Jimmy Carter, para 4%, estimulou a produção de bens e serviços, criando postos de trabalho. Em contrapartida, aumentou os gastos em defesa na corrida armamentista, a dinastia Bush foi marcado por três gerações, que prosperaram e ganharam influencia nos EUA devido as suas conexões políticas e no mundo dos negócios, especialmente nos setores petroleiro e financeiro. A historia política da família Bush começou com Prescott Bush, duas vezes senador pelo estado de Conecticut. O filho, George H. Bush, ocupou a cadeira na câmara dos representantes, pelo estado do Texas, foi diretor da Agencia Central de Informação (CIA), embaixador da ONU e vice de Ronald Reagan, antes de ser presidente dos EUA, entre 1989 1993. George W. Bush chegou a presidente depois de ser eleito por duas vezes governador do Texas. Foi reeleito em Novembro de 2004 para um mandato de mais quatro anos. A separação das colônias americanas da metrópole se deu no final do século XVIII. A Grã-Bretanha, por conta de inúmeros conflitos com a França – com asc guerra dos 7 anos -, estava em péssimas condições financeiras. A coroa decidiu incrementar suas riquezas, aumentando impostos nos seus domínios limitando a atividade econômica nas colônias , que declararam guerra a resistência em 1775. Os americanos contaram com o apoio da França, que forneceu aos rebeldes armamento e dinheiro, alem de estrategistas, como o Marques Lafayette, descendente da aristocracia francesa, com ele o General George Washington cercou um corpo de forças inglesas em Yorktown. Os soldados do governo do resistiram por 20 dias, capitulando em 19 de outubro de 1781 e selando a independência. Tratado de Versalhes, em 1783, reconheceu a nação americana, com fronteiras nos Grandes Lagos e Mississipi.
    A primeira Constituição dos EUA foi proclamada em 1787, garantindo autonomia política para os estados. O presidente seria eleito para um mandato de quatro anos por representantes das assembléias dos cidadãos. Duas casas formariam o congresso- a câmara dos representantes e o senado, todos com representação dos estados. Uma corte suprema com nove juízes indicados pelo presidente resolveria questões entre a união e membros da federação. Em linhas mestras, esses princípios constitucionais se mantém até hoje. A Declaração de Independência dos EUA, texto lido em 4 de julho de 1776, na Filadelfia , foi elaboirado pelos revolucionários para explicar5a filosofia dos direitos naturais dos seres humanos e da autodeterminação dos povos. Anos mais tarde, Thomas Jefferson, embaixador americano em Paris e redator do documento, ajudou a formular a declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, base dos direitos civis até os dias de hoje.
    Esta nação deu inicio a uma dominação, após o encerramento da II Guerra Mundial, a presença externa de tropas americanas até então restrita às ame ricas e ao Pacifico se estende até à Europa e à Ásia. Com o Japão e a Alemanha ocupados e desmilitarizado, o Socialismo passava a ser a grande ameaça para os americanos. Especialmente durante a Guerra Fria – expressão adotada e 1947 para definir a rivalidade ideológica entre o0s EUA e União Soviética-, os americanos usaram seu poderio bélico p-ara conter a invasão comunista , por vezes ousando a intervenção direta sobre o território estrangeiro. Contra os comunistas, o país desenvolveu nas Guerras da Coréia (1950-19530 e do Vietnã (1963-19730). Nas Filipinas, os EUA mantiveram bases militares no pós-guerra para ajudar a conter um movimento rebelde, liderado por comunistas, que durou até 1953. Na Tailândia, entre 1960 e 1970, os americanos ajudaram o governo a sufocar uma guerrilha comunista. Na Nicarágua, à partir de 1881, passaram a financiar os chamados contras, pára militares que faziam oposição ao governo sandista, de tendências socialistas, após os atentados de 11 de setembro de 200, os americanos voltaram a consolidar a presença militar no Oriente Médio e na Ásia Central. Segundo o Instituto Internacional de Pesquisa pela Paz de Estocolmo, em 2003 os gastos militares dos EUA atingiram cerca de US$ 417 bilhões, patamar semelhante ao registrado durante a guerra fria. Hoje, a Bases militares americanas estão presentes em 62 países e territórios em todo o mundo.
    Como vimos, a trajetória desta que esta é a maior potência do mundo, os EUA, tornou-se a própria ordem mundial, através da invasão cultural de hábitos gostos e padrões são disseminados e admirados por todo o planeta, garantindo a hegemonia, cientifica e o poder bélico, com tanques computadorizados, bombas inteligentes, aviões que operam sem piloto,e esbanjam tecnologia na produção de armamentos, mas apesar disso ações de seus inimigos não se retraem por inconseqüência ações terroristas sem precedentes ataca os símbolos do poder americano e revela a fragilidade deste grande império, que apesar de mostrar sua invencibilidade pode mostrar sua incapacidade de dar segurança aos seus próprios filhos.

    Somos Racistas?



    O jornalista e cientista social Ali Kamel publicou o livro não somos racistas, trata-se, como subtítulo indica, “ uma reação aos que querem nos mostrar numa nação bicolor”. O livro defende a idéia que compomos uma nação predominantemente mestiça e que o racismo existe como manifestação minoritária e não institucional, sendo a pobreza o principal problema do país. Pretende criticar as reivindicações do movimento negro e os projetos de adoção de cotas raciais nas universidades publicas brasileiras. Do outro lado do debate, a vozes que defendem a tese de que o elogio da mestiçagem brasileira tem caráter ideológico, tendo a esconder o racismo existente no país e a exclusão do negro ao longo dos cinco séculos de formação do país.
    Para se situar nessa discussão, seria interessante compreender o contexto dos períodos anterior a abolição. O período anterior e posterior à abolição. O processo de abolição não pode ser resumido ao 13 de maio de 1888. Por trás da data histórica, o comportamento da população negra no país mostra a existência de uma realidade muito mais complexa. Por um lado, antes mesmo da abolição, ser negro já não significa mais exatamente ser escravo. Pesquisas recentes apontam que apenas 5% do total da população negra ou parda do país era escrava às vésperas da extinção da escravidão. O Grande numero de alforrias por reconhecimento, laços pessoais e familiares, compras, entre outros fatores, mostrava que já havia muitos negros e mestiços vivendo alem disso, as fugas e formações de quilombos, muitos dos quais apoiados pela população pro-abolição, também já contribuiriam para uma relativização da identificação do negro como escravo, mas também livre ou liberto, como indicam as categorias dos censos do período.
    Por outro lado, a tão famosa Lei áurea assinada pela princesa Isabel não significou a igualdade em termos de inclusão e cidadania para os negros e ex-escravos, ainda que as diferenças não fossem registradas pela legislação, pelos códigos e regulamentos institucionais de maneira geral a partir dessa data. Para muitos negros, pardos e outros, o lugar social marcado inicialmente pela escravidão não seria modificado em pouco mais de um século e algumas gerações. Na ausência de qualquer programa de integração dessa população pobre e praticamente analfabeta, boa parte desse contingente de cidadãos e seus herdeiros permaneceu excluída dos bens materiais e culturais durante muitos anos. Depois do 13 de maio, muitas famílias continuaram como mão-de-obra nas mesmas fazendas onde tinham sido escravas. Alguns indivíduos migraram para os grandes centros urbanos, em muitos casos reforçando o numero de sub empregados ou desocupados, segundo a terminologia da época, e lotando os cortiços e favelas que se formavam nas cidades. Alguns outros adquiriram consciência da sua condição e associaram-se para denunciar a situação e defender seu lugar na sociedade, como no caso da Guarda Negra, espécie de milícia que procurava proteger a liberdade dos negros e a personalidade da princesa Isabel, e da imprensa de identidade negra, que denunciava o problema e funcionava como espaço de sociabilizado para essa população. Posteriormente, já nos anos 30, a fundação da Frente Negra Brasileira (FNB), iria politizar a discussão, buscando o espaço para o negro na esfera política. Tudo isso indica que havia mais diversidade do que se acreditava na inserção do negro na sociedade brasileira do pós-abolição. Esse passado de escravidão iria marcar também o debate em torno da construção da nação e do estado brasileiro. Já em meados do século XIX, intelectuais, legisladores, cientistas, mostraram-se preocupados com o perfil e a composição da sociedade brasileira, e com projetos possíveis para a construção do país.
    Muitas das construções institucionais iniciadas com D. João VI e d. Pedro I foram incrementadas no segundo reinado. D. Pedro II era monarca incentivador das artes e da ciência. Nesses governos, sobretudo após a independência, foram criados institutos de estudos e expandidas as universidades e academias, lugares onde se debatia sobre qual queria o projeto de sociedade possível e desejada no Brasil. Apesar de alguns setores, o fim da escravidão era tido como possível como inexorável.
    Vários aspectos podem ser apontados como tendo contribuído para esse fim: as pressões internacionais, o fortalecimento do capitalismo industrial e a necessidade de mão-de-obra livre e consumidora, as idéias igualitárias oriundas do pensamento iluminista, a própria ação dos escravos, que manifestaram diferentes modos de resistir, por meios de fugas, dos quilombos e das revoltas durante todo o século XIX e em varias partes do mundo. Alem disso, pode-se dizer que extinguir a escravidão era uma exigência do mundo dito civilizado e corresponder a essa demanda seria fundamental para colocar o Brasil no ritmo do progresso, de acordo com os conceitos da época. As negociações entre os interesses de diferentes setores fizeram abolição ser fruto de um processo gradual. Uma lei de extinção do trafico foi assinada já em 1851 com a lei Eusébio de Queirós. Com o fim desse comercio, a grande, mudança no país foi acentuada do trafico interno. Tornou-se mais comum do que nunca a venda de escravos das fazendas do Nordeste para o Sudeste cafeeiro, acompanhando deslocamento do eixo da economia para essa região. Em 1871, foi promulgada Lei do Ventre Livre, e apesar do caráter moderado desta, os fazendeiros perceberam que não nasceriam mais escravos no Brasil. A escravidão estava com os dias contados. O problema da integração do negro na sociedade brasileira apenas começava.
    Seria o Brasil um país de negros e mestiços? será que isso combinaria com a noção de país civilizado europeu que se pretendia para ex-América portuguesa? Essas eram uma das questões sobre a identidade brasileira que intelectuais, médicos e cientistas sociais se colocavam no final do século XIX e inicio do século XX. O pensamento dominante na época era fortemente influenciado pelo evolucionismo e pela teoria de seleção natural de Charles Darwin. Esse biólogo britânico, observando o comportamento das espécies animais, desenvolveu uma teoria que explica a modificação e evolução das espécies por meio de um processo de melhor adaptação ao meio, que seria sintetizada pela expressão “ A lei do mais forte”, seu trabalho teve grande influencia no pensamento moderno, sobretudo no que se refere à secularização. Exterminando a idéia de que o homem teria sido criado por Deus. Porem, para alguns outros homens da ciência daquele tempo, o evolucionismo poderia também se aplicarão comportamento humano, o que se aplicar ao comportamento humano, o que foi chamado de darwinismos social.
    Segundo as mais expressivas concepções dessa corrente, não somente o negro tende a ser visto como ser inferior ao branco na escala da evolução como o mestiço apresenta em si um problema. Alguns pensadores do darwinismo social chegaram a insinuar que o mestiço seria também fértil. Daí a origem da palavra mulato, do termo mula híbrido nascido do cruzamento do cavalo com o jumento. A explicação ideologia para isso seria a tentativa de desestimular as relações inter-raciais. No contexto brasileiro, a hibridização seria inevitável. Com a historiografia demonstra, o numero de mulheres brancas vindas para o território brasileiro foi sempre inferior ao do homem, sendo a mestiçagem conseqüência disso. Seria preciso que os nossos cientistas e intelectuais pensassem em outros modelos. Dentro dessa concepção, um dos primeiros a tentar identificar, qualificar e diagnosticar o elemento afro-brasileiro foi o escritor, sociólogo e jurista Sílvio Romero, que entendia que o destino da população brasileira era torna-se branca, já que a mestiçagem o tipo racial mais numeroso tende a prevalecer. Romero acreditava que o branco seria favorecido pelo fim do trafico e pelo aumento da imigração de trabalhadores europeus.
    Outro brasileiro que se dedicou á questão nesse contexto, o medico e antropólogo Raimundo Nina Rodrigues, discordou da tese de Romero. para ele, não seria possível estabelecer no Brasil um a civilização a partir da mistura entre o branco, o negro e o índio. Estes últimos eram tipos inferiores e não poderiam contribuir para tal ideal civilizador. Nina Rodrigues acreditava que a mistura entre raças diferentes criaria indivíduos fracos, que não se identificariam co o modo de viver de nenhuma das raças, gerando um tipo inferior. Acreditava que o Estado deveria mais adaptada “superiores” e “inferiores”. Essa propostas não foram utilizadas pela República, na Constituição de 1891e no Código Civil e Penal da época, que não faziam mais distinção entre negros, brancos e pardos. Todos eram cidadãos. O problema seria a pobreza,a vadiagem, a mendicância e a capoeiragem, contravenções punidas pelo Código Penal de 1890. Para o direito brasileiro, não era população desocupada, sem dinheiro e sem lar. Os indivíduos nesse estado, muitos dos quais negros ex-escravos ou descendentes de escravos, poderiam ser enviados a diversas instituições, como as colônias correcionais ou mesmo ao Exercito ou a marinha. Não pensamento darwinista social que vigoro uma concepção dessa legislação, mas com certeza estavam presentes as idéias de ordem e em grande parte a mentalidade higienista. Observava-se, alem disso, que o estimulo dado pelo governo brasileiro à imigração de trabalhadores europeus no fim do século XIX e inicio do século XIX foi em grande parte justificado pela ideologia de branqueamento da população.
    Nos anos 30, enquanto as idéias eugenistas voltavam à moda na Europa, sobretudo a partir da experiência do nazismo alemão, no Brasil tendia-se para uma nova compreensão da sociedade para uma abordagem culturalista. Já havia uma corrente de valorização do mestiço como representante da identidade brasileira desde a década de 1870, porem seria com o sociólogo Gilberto Freyre que esse modo de pensar ganharia maior expressão. Em seu clássico Casa -grande e senzala ele compõe uma historia cultural e social do Nordeste agrário e escravista durante o inicio do período colonial, que corresponde à fase de predomínio da economia açucareira. Nesse contexto, o menor numero de mulheres e o caráter conciliador do colonizador português favoreceram o desenvolvimento da mestiçagem no país, diminuindo a distancia entre a casa-grande e a senzala. O mulato seria elemento de conciliação entre os extremos existentes. Alem disso. Gilberto Freyre aposta na mestiçagem como principal traço da identidade brasileira, fazendo uma leitura positiva da hibridização. Estão lançadas as bases para ideologia da democracia racial, posteriormente apontados a um mito pela releitura de Gilbeto Freyre.
    Esse pensamento parece ter sido bem aceito pelo Estado e pela população brasileira. Ao mesmo tempo que a idéia de democracia racial foi incorporada pelo censo comum e colaborou para a construção da própria identidade nacional, o Estado e as instituições receberam com boa vontade essa teoria. A crença numa contribuição igualitariamente do índio, do negro e do branco participa do mito fundador do Brasil. Alem disso, essa igualdade também favorece o estabelecimento do Estado brasileiro que sempre se desejou: sob a impressão de que há igualdade entre as cores um código comum, evitando-se conflitos e embates. Dessa forma, o Brasil se parece mais com aquilo que gostaria que fosse, já sabendo como ele é.

    Organizador: Ayrlan Braga Ferreira

    ALMEIDA, Sílvia Capanema P. de. Revista Historia Viva. São Paulo. Ed. Duetto, n.37, p.76, 2006.